O legado do líder trabalhista Leonel de Moura Brizola, que em 22 de janeiro passado teria completado 90 anos de idade, foi destacado na Assembleia Legislativa do Paraná na tarde desta segunda-feira, durante sessão plenária, conforme proposição do líder da bancada do PDT, deputado Fernando Scanavaca.
Uma homenagem especial ao ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro foi prestada na oportunidade, com o lançamento do livro “Leonel Brizola – A Legalidade e outros pensamentos conclusivos”, que reúne depoimentos de Brizola prestados entre 1991 e 2004, a partir de palestras, discursos e entrevistas que consumiram mais de 300 horas de gravações.
Em um CD que acompanha o livro, o próprio líder da Campanha da Legalidade narra fatos marcantes daquele movimento político deflagrado em 1961.
Organizado por Osvaldo Maneschy – que esteve presente na Assembleia, autografando o livro – Apio Gomes, Paulo Becker e Madalena Sapucaia, o livro apresenta, em toda sua primeira parte e sempre na voz do protagonista, o movimento da Legalidade que, a partir do Rio Grande do Sul, voltou-se para a defesa da ordem jurídica democrática contra as forças que tentaram impedir a posse do vice-presidente João Goulart, logo após a renúncia do presidente Jânio Quadros.
Já a segunda parte da obra é uma reedição de outro livro publicado originalmente em 1994, intitulado “Com a palavra, Leonel Brizola”. É nesta parte que o ex-governador e fundador do PDT discorre sobre o processo social brasileiro, o trabalhismo, a economia, o getulismo, a política, a violência e a miséria, entre outros temas.
“Leonel Brizola – A Legalidade e outros pensamentos conclusivos” é uma edição da Nitpress e tem prefácio assinado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim. O primeiro lançamento da obra aconteceu recentemente no Rio de Janeiro, em 23 de janeiro, na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
Estadista – De acordo com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), Leonel Brizola foi estadista por essência e deu uma grande contribuição para a democracia brasileira: “Deixou um legado que ultrapassou fronteiras político-partidárias e que traduz toda a experiência obtida durante sua trajetória política como deputado estadual e federal, prefeito de Porto Alegre e governador dos estados do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro”.
Rossoni disse ainda em Plenário que Brizola, com seu pensamento firme, “soube como ninguém unir extremidades em prol de algo maior, na condução do Brasil contra a miséria e contra a opressão. É neste campo que reafirmamos cada vez mais o nosso compromisso por uma sociedade paranaense e brasileira livre e socialmente democrática”.
Organizador – Osvaldo Maneschy é jornalista e trabalhou nos dois governos de Leonel Brizola no Rio de Janeiro (1981/1986 e 1991/1994), sendo subsecretário de Imprensa no segundo. Formado pela Universidade Federal Fluminense, atuou por mais de vinte anos nas redações de "O Globo", "Jornal do Brasil", "Rádio JB" e "A Tribuna" de Niterói, entre outros veículos de informação. Filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) desde 1981, dirige atualmente a Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini, seção do Estado do Rio.
Fonte: Umuarama Ilustrado
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