A prefeitura de Umuarama começa nesta quarta-feira (04), a fazer a medição para apontar a profundidade do Lago Aratimbó, como primeira providência para recuperar a comporta que foi danificada na noite do dia 27 numa ação de vandalismo ou de sabotagem – a ocorrência, que foi devidamente registrada na 7ª. Subdivisão Policial, ainda está sendo investigada. Não houvesse a pronta intervenção de funcionários e secretários o lago teria sido totalmente esvaziado e criado grave problema ambiental, além de grande prejuízo para os cofres públicos.
A decisão de fazer a medição foi tomada ontem à tarde durante reunião dos secretários da Agricultura e Meio Ambiente, Serviços Públicos, Obras e Urbanismo, Planejamento e chefia de Gabinete. A medição servirá para apontar qual a profundidade atual do lago, principalmente abaixo da comporta. Ocorre que, como o lago terá de ser esvaziado, obriga-se saber se a água que restará é capaz de manter vivos os peixes ali existentes – não é possível dimensionar a quantidade deles – ou haverá necessidade de transferi-los para outro local apropriado. Depois de esvaziado, haverá a limpeza da área (desassoreamento). Para a execução desse serviço a Prefeitura deverá contratar uma escavadeira hidráulica.
Para tomar uma decisão sobre a transferência ou não dos peixes serão consultados técnicos especialistas em piscicultura. Caso seja mantido um nível de água capaz de abrigar os animais, é provável que seja necessário a instalação de aerador para manter a oxigenação suficiente para evitar a mortandade dos peixes. Mas, se for levar os peixes para outro lugar, já que eles não podem simplesmente ser soltos nos rios da região vez que não são próprios para o consumo humano, a Prefeitura terá que realizar uma operação cuja logística é complicada e cujo custo ainda não se conhece.
Na avaliação dos secretários que estiveram reunidos, entre o esgotamento e o início da limpeza serão necessários no mínimo duas semanas. Depois que a escavadeira hidráulica começar a trabalhar 10 horas por dia, outras duas semanas para concluir a limpeza. E para encher os 21.500 metros quadrados da área alagada do Lago Aratimbó será necessário mais um mês – exceto se houver chuva em quantidade, o que anteciparia o processo.
Outras medidas
Na mesma reunião ficou decidido que será encaminhado ofício para a Força Ambiental solicitando, primeiramente, a retirada do jacaré visto várias vezes no lago e cujo tamanho ameaça a segurança dos frequentadores do local, e, também, orientação sobre como fazer a transferência dos peixes caso haja necessidade dessa medida.
Além disso, o procurador geral do município, Marcelo Gomes do Vale, deve procurar a 7ª SDP para saber do delegado de polícia quais os caminhos para uma investigação que apure a origem da ação que passou muito perto de provocar um desastre ambiental. Ocorre que os próprios engenheiros da Prefeitura, assim como os demais secretários envolvidos com o assunto, não estão convencidos de que se trata de vandalismo apenas.
Não descartam a possibilidade de ter sido sabotagem, o que está levando a Procuradoria Geral da Prefeitura a solicitar uma investigação mais apurada no local. Os funcionários que conseguiram vedar o vazamento da comporta dizem que pelo estrago feito no equipamento que controla a vazão da água, no mínimo envolveram-se umas quatro pessoas.
Também foi suspenso o processo de licitação que objetivava a contratação de empresa para fazer a dragagem do lago. Com a ocorrência, a administração viu-se obrigada a mudar o foco para a limpeza da área, com a retirada da lama e do lixo acumulado ao longo dos anos.
Da Assessoria de Imprensa
PMU
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