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Terça-feira, 01 de Março de 2011

Scanavaca faz apelo por mudanças no trajeto da Estrada Boiadeira


Falando como líder do PDT na Assembléia Legislativa, o deputado Fernando Scanavaca apelou às autoridades por melhorias na Estrada da Boiadeira considerando que isto "pode fazer a diferença entre o desenvolvimento e a estagnação de uma cidade importante do Noroeste do Paraná", referindo-se à importância de Umuarama. "Quando se projetou o traçado da Estrada Boiadeira, entre Campo Mourão e a divisa do Mato Grosso do Sul, Umuarama ainda não existia, e nem tampouco existia a preocupação com o meio ambiente, com os mananciais, e muito menos com a possibilidade da falta de água potável para saciar a sede da humanidade", ressaltou o parlamentar. "Por décadas, o sonho da concretização da Estrada Boiadeira foi frustrado para toda uma região. Em meio a promessas a cada eleição, diversas vezes iniciada e paralizada, por motivo ou outro, dentre eles o de desvio de dinheiro público, a tão sonhada Boiadeira teve mais uma vez anunciado o reinício de um trecho, esse, de Tuneiras do Oeste a Cruzeiro do Oeste, um dos três trechos entre Cruzeiro do Oeste e Campo Mourão, dos quais, um deles está concluído.

No entanto, senhoras e senhores deputadas e deputados, outros dois trechos, entre Cruzeiro do Oeste e Porto Camargo, em Icaraíma, na divisa do Mato Grosso do Sul ainda estão em fase de projetos".

Scanavaca registrou ainda o anseio de uma população preocupada com o abastecimento de água potável para daqui a pouco mais de 10 anos. Isto porque, segundo ele, "estudos contratados pela SANEPAR junto à Consult Engenharia, já na década de 90, concluíram que a única alternativa para abastecimento para a cidade é o manancial de superfície do Rio Piava, sendo que há previsão de ampliação da bacia de captação para 2023". O parlamentar mencionou ainda que outras formas de captação de água para consumo humano, como o aqüífero Guarani, foram descartadas por apresentarem-se como inviáveis. "O traçado da Boiadeira proposto pelo DNIT se projeta em mais de 15 km na área de manancial, cortando os cursos naturais de água em pelo menos 10 pontos, além do que, conforme análise ambiental dos traçados propostos, o traçado proposto pelo DNIT corta diversas áreas de preservação permanente no percurso dentro do limite da bacia do manancial de abastecimento (área de interesse do município de Umuarama)", explicou.

O traçado proposto pelo município de Umuarama, por localizar-se na linha divisória entre a cidade e a área de interesse de preservação para o manancial, apresenta as características adequadas para que a rodovia não tenha também interferência com o meio urbano, conforme estudos já realizados no trecho entre a PR-482 e a PR-580. "Umuarama, segundo estudos do próprio DNIT, possui cerca de 72% da população da Área de Influência Direta do Empreendimento, caracterizando-se como pólo regional, e a cidade representa cerca de 79% da economia gerada, no entanto, mesmo sendo a cidade de Umuarama, com seus mais de 100.000 habitantes, a principal cidade da Área de Influência Direta do Empreendimento, não foi contemplada com os investimentos", finalizou o deputado, tentando sensibilizar tanto o DNIT quanto o Ministério dos Transportes para rever essa posição, e também o governador Beto Richa, para defender essa bandeira com a certeza de que a história será dividida em antes e depois da Boiadeira.





Discurso na Íntegra

Senhoras e senhores deputados,

Senhoras e senhores,

Com grande satisfação, ocupo hoje a tribuna dessa Casa para falar de um assunto que pode fazer a diferença entre o desenvolvimento e a estagnação de uma cidade importante do Noroeste do Paraná; um assunto que pode significar a construção de uma obra reduzindo em mais de R$ 10 milhões o seu custo final, podendo também significar a garantia de abastecimento de água potável, em poucos anos, para uma população que hoje já soma mais de 100 mil habitantes. Eu estou falando da famosa Estrada Boiadeira, a BR 487, que tem uma história de mais de 60 anos, e estou falando da cidade de Umuarama, um pouco mais nova.

Quando se projetou o traçado da Estrada Boiadeira, entre Campo Mourão e a divisa do Mato Grosso do Sul, Umuarama ainda não existia, e nem tampouco existia a preocupação com o meio ambiente, com os mananciais, e muito menos com a possibilidade da falta de água potável para saciar a sede da humanidade.

Por décadas, o sonho da concretização da Estrada Boiadeira foi frustrado para toda uma região. Em meio a promessas a cada eleição, diversas vezes iniciada e paralizada, por motivo ou outro, dentre eles o de desvio de dinheiro público, a tão sonhada Boiadeira teve mais uma vez anunciado o reinício de um trecho, esse, de Tuneiras do Oeste a Cruzeiro do Oeste, um dos três trechos entre Cruzeiro do Oeste e Campo Mourão, dos quais, um deles está concluído.

No entanto, senhoras e senhores deputadas e deputados, outros dois trechos, entre Cruzeiro do Oeste e Porto Camargo, em Icaraíma, na divisa do Mato Grosso do Sul ainda estão em fase de projetos.

O que me trás hoje a esta tribuna é o anseio de uma população preocupada com seu futuro, preocupada com o abastecimento de água potável para daqui a pouco mais de 10 anos.

Estudos contratados pela SANEPAR junto à Consult Engenharia, já na década de 90, concluíram que a única alternativa para abastecimento para a cidade é o manancial de superfície do Rio Piava, sendo que há previsão de ampliação da bacia de captação para 2023.

Outras formas de captação de água para consumo humano, como o aqüífero Guarani, foram descartadas por apresentarem-se como inviáveis, o que é corroborado pelo artigo publicado na Revista do CREA/PR nº 55 de Jan/Fev 2009, pelos Drs. Carlos Gilberto Fraga e Ernani Francisco da Rosa Filho, que citam serem as águas do aqüífero Guarani, naquela região, inadequadas ao consumo humano.

O traçado da Boiadeira proposto pelo DNIT se projeta em mais de 15 km na área de manancial, cortando os cursos naturais de água em pelo menos 10 pontos, além do que, conforme análise ambiental dos traçados propostos, o traçado proposto pelo DNIT corta diversas áreas de preservação permanente no percurso dentro do limite da bacia do manancial de abastecimento (área de interesse do município de Umuarama).

A cidade de Umuarama, por mim, que fui prefeito em dois mandatos, por seu prefeito atual, Senhor Moacir Silva, nosso deputado federal Osmar Serraglio, e entidades representativas de diversos segmentos sociais, estão apresentando a proposta de um novo traçado, mais econômico e ambientalmente correto para sua execução.

Mais econômico por que aproveita trechos de rodovias existentes, necessitando apenas de serem reforçadas.

Ambientalmente adequado porque, posicionado sobre o divisor de águas, preserva o manancial de abastecimento para a cidade, inclusive destinando os efluentes da rodovia para as bacias já contaminadas da cidade.

O traçado proposto pelo município de Umuarama, por localizar-se na linha divisória entre a cidade e a área de interesse de preservação para o manancial, apresenta as características adequadas para que a rodovia não tenha também interferência com o meio urbano, conforme estudos já realizados no trecho entre a PR-482 e a PR-580.

O traçado apresentado pelo município de Umuarama, conforme comparativo de perfis naturais, também apresenta-se como trecho praticamente plano enquanto que o perfil da alternativa do DNIT é bastante ondulado.

O município de Umuarama, segundo estudos do próprio DNIT, possui cerca de 72% da população da Área de Influência Direta do Empreendimento, caracterizando-se como pólo regional, e a cidade representa cerca de 79% da economia gerada, no entanto, mesmo sendo a cidade de Umuarama, com seus mais de 100.000 habitantes, a principal cidade da Área de Influência Direta do Empreendimento, não foi contemplada com os investimentos.

Entendemos que, nos critérios de investimentos de recursos públicos, deve-se avaliar a abrangência do projeto quanto ao atendimento à população e, desta forma, o traçado proposto pelo Município de Umuarama vem ainda corrigir a lacuna deixada no planejamento inicial.

O deputado federal Osmar Serraglio, na defesa dos anseios da população umuaramense junto ao Governo Federal, por diversas vezes tem insistido na alternativa que não exclui o Município dos benefícios do rodovia.

Na última sexta–feira eu, o Serraglio e o prefeito Moacir Silva, tivemos um encontro muito produtivo com o senadora Gleisi Hoffmann, para tratar especificamente deste assunto, a qual se mostrou entusiasmada com a idéia.

Tecnicamente, ambientalmente e economicamente, senhoras e senhores deputados, o trajeto é o ideal. No entanto, sempre que se fala no assunto, forças ocultas interferem, até nas audiências públicas “fajutas” que eram maquiadas para apresentar o resultado que interessava e interessa a “outros setores”.

O DNIT alega que está em processo de finalização dos projetos e que teria um custo para refazê-los.

Vejam bem. Em uma obra de centenas de milhões, o custo de um projeto dessa envergadura seria em torno de R$ 1 milhão, com benefícios imensuráveis para a posteridade.

Se o problema for tão somente a elaboração do projeto, gostaria de solicitar ao Governo do Estado, por intermédio do DER, que assumisse a elaboração de um novo projeto, visto que com custos tão reduzidos, o Paraná resolveria ainda um grave problema do tráfego de caminhões que cortam durante dia e noite, inclusive madrugadas, área urbana da cidade incomodando milhares de famílias de trabalhadores durante a hora mais sagrada do trabalhador, o descanso no seu lar.

Além de tudo isso, o novo trajeto corresponde ao Contorno Norte de Umuarama, tirando o movimento de caminhões das suas ruas e avenidas, no Alto de São Francisco.

Um erro em uma decisão política pode criar prejuízos que demandam décadas para serem sanados, quando ainda podem ser sanados, porque geralmente são irrecuperáveis. Devemos senhoras e senhores, evitar que decisões erradas sejam tomadas enquanto há tempo.

Gostaria de sensibilizar, tanto o DNIT quanto o Ministério dos Transportes para rever essa posição, e também S. Exa., o Governador Beto Richa, para defender essa bandeira, determinando ao DER ser parceiro de Umuarama nesta batalha, e com certeza, a nossa história será dividida em antes e a partir da Boiadeira.

MUITO OBRIGADO!


 

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